Sem efeitos: o que eu tenho pra te oferecer muda sob o teu olhar

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Manuscrito

Escrevo sozinho nessas tardes tediosas, olhando o horizonte, vendo montes imaginários, dragões de fogo.
Pessoas eu não chego a ver, mas imagino suas situações.

Leio sozinho os poemas que invento. Enrolo verso por verso até ver tudo consumado, consumido. Minhas frases soltas com o desejo de te iludir.

Passam por mim e vêem um jovem a musicar suas besteiras, coisas que nem ele é capaz de entender.
Como emissor um violão desafinado que vibra ao cantar cada notinha.

Deveria estudar para ser um médico ou policial, contribuir para o mundo.
Mas é assim: as palavras me consomem para que depois eu as consuma uma a uma.

Um comentário:

Boo Martins disse...

ríspidamente sensível como sempre !
E eu tenho saudades disso! ;*