Sem efeitos: o que eu tenho pra te oferecer muda sob o teu olhar

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Coluna avertebral

Antes ser um artista timorata
Que um crítico corajoso.


Besteira, serei qualquer coisa. Desde que você não me entenda.

Amor

O que fizeram com você, amigo? Era garboso e cheio.
Famoso por ser cego, vir na hora certa, tirar o fôlego.
Hei de assumir, um verdadeiro gênio. Virtuoso.

Hoje, vejo fraco, na boca dos medíocres, na sarjeta intelectual.
Qualquer um pode ser "seu", qualquer um sabe quem é, já experimentou.
E que diabos é esse coração? Se eu te conheço bem, deve estar enfurecido com essa logomarca.
Sem falar em letras de bandas de garagem, postais eletrônicos, alianças, flores, carros, hotéis luxuosos.
Céus, você não era invisível?

Ora bolas, ou mude seus conceitos ou o nome de uma vez. Porque há muito que está assumidamente falido.

Clube da Luta

Eu não sei quem sou eu mesmo.
Durmo no corpo de outra pessoa e acordo no seu.
Tentáculos ensopados em seus seios hostis.
Descambo para o inseguro, passo horas acordado.
E quando me pergunta se é isso mesmo que quero eu finjo que não entendi.
Dou-lhe um pontapé que só acerta a mim mesmo.
E tento correr para a direção contrária.