Sem efeitos: o que eu tenho pra te oferecer muda sob o teu olhar

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Flores

Fui a um lugar comum
Sem a menor pretensão
O canto de todo dia
Não imaginava o que me esperava
Uma flor, a mais bela flor, a mais perfumada
Não acredito que foi tão bom
Não acredites que seja tão bom

Há muitos eu via a flor
Mas nunca havia parado, olhado
Nela não toquei, não arranquei
Apenas apreciei
Por horas olhei, e ficaria mais
Podes não me entender
Não podes me entender

Pudera, como não pude
Não me movi, nem a movi
Me comovi
Cheio de motivos, nenhum certo
Me diga que é algo passageiro
Quero aos pedaços, que seja inteiro
Não seja nada. Amor, do mais verdadeiro

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

"A arte de viver da fé.."

"Só não se sabe fé em quê...". Tenho um amigo, um grande amigo, bem mais velho que eu, é bem verdade, mas isso não nos atrapalha, ele me conhece desde que eu era pequenino, e isso faz toda a diferença. De uns tempos pra cá, ele começou a ter alguns probleminhas no cérebro, nada muito sério, mas que requer um tratamento cuidadoso, remédios um pouco agressivos, e que aos poucos o degeneram, ou seja, ele já não é o mesmo de um ano atrás.
Acontece que o convívio com ele, depois de alguns segundos olhando pro nosso caminhar pela manhã, percebi que detalhes, por menores que sejam, fazem a diferença, emocionam, e mudam o nosso dia, ou até a nossa vida.
A sua tranquilidade me encanta, não há outra palavra, apenas, me encanta: o jeito com que ele sai pra caminhar vagarosamente, se esforça pra ler, dias ele amanhece disposto, dias não, com uma calma impressionante, de quem está de férias, mas nada parece o abalar, pois diferente de quase todos, poucas coisas o fazem reclamar, ou sentir-se mal, ele não dá bola, sabe o que é viver, e sabe olhar pra frente, sem se preocupar com nada.
Não sei se isso é proposital, ou é apenas fruto de alguma experiência, mas creio que seja fé, peculiar, característica, e que não requer motivos, apenas vontade.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Eu amo, Tu amas, Eles amam

Sempre ouvi dos meus criadores, fossem pais, tios, avós, uma frase um tanto quanto preconceituosa, porém muito interessante para se trabalhar em cima: "Eu não aguento essas modernidades!" - e não estavam eles falando sobre computadores, televisões digitais ou canetas que armazenam textos; na verdade, falavam sobre uma outra evolução, a humana.
Naveguei muito tempo pela internet em busca de assuntos, novidades e vida, e acabei caindo de frente em um artigo sobre o "Poliamor", o qual gostaria que aqueles que disseram tanto a frase 'anti-modernidade' não passassem nem perto.
Interessantíssimo, o poliamor, dá em conceito, a idéia de que um único indivíduo pode manter relacionamentos íntimos, estáveis e duradouros com várias pessoas ao mesmo tempo.
Porém, o mais curioso nisso tudo não é a teoria, e sim a prática, e a novidade vem só para ajudar. Sim, afinal, relacionamentos têm desgastes naturais, causados por divergências entre as partes. Por tudo isso, surge o poliamor, mas, no que ele ajuda?
As grandes divergências que surgem em relacionamentos estáveis, servem como base para brigas. A necessidade causada pelas divergências pode ser saciada com outros relaciomentos, ou seja, um indivíduo que tem vontade de conhecer outros continentes, ama certo esporte, ou certa banda, ou até mesmo tem preferências menos convencionais, pode deixar seu parceiro e com 'terceiros', 'quartos', 'quintos', enfim, saciar sua vontade sem que esse primeiro chateie-se ou sinta-se traído. Muito pelo contrário, os poliamoristas crêem que a traição tem necessidade de posse, e o poliamor não precisa de posse, e sim de liberdade.
O que muitos confundem, é a diferença entre a nova idéia de amor, e a poligamia, sendo que as formas de distinguëm a partir do momento em que no poliamor, o indivíduo ama e é amado por várias partes, e na forma 'menos moderna', o indivíduo é casado com várias partes.
Não sei se a idéia vai colar com facilidade na sociedade em qual vivemos, a qual é vasta de adeptos do ciúme, que no papel até gostariam de ter outros parceiros, porém não imaginam seus parceiros em outros relacionamentos. A verdade é que temos que aceitar essas "modernidades" sem a obrigação de usufruí-las ou delas participar, assim como novos computadores, novas televisões e novas canetas.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Ah, o amor...

Dizem que o amor é a coisa mais impressionante que existe, que é lindo, que pessoas que se amam, se cooperam de uma forma a qual elas jamais o fizeram, mas, e a paixão?
Não, essa sim é muito legal, inexplicável, e eu nem preciso provar nada, nem ninguém precisa, é só parar pra pensar, ou nem isso ("Ah, o cara tá apaixonado e fica enchendo o saco.."). Não mesmo, juro, que se eu estivesse, o texto não seria bem esse. Acontece que há demonstrações de uma, aliás, várias paixões, muito próximas a mim.
E não sei por que eu penso assim. Qual outro sentimento nos proporciona sentir algo inexplicável por uma pessoa, e em pouco tempo acabar, se for tudo muito platônico; e que outro nome poderíamos dar a um sentimento intenso, que talvez não dure a vida inteira, mas você pensa e quer que dure.
A paixão e o amor andam juntos, mas no meu jeito de ver, a paixão é o combustível do amor: sem paixão, amar é possível, comum, por sinal; mas com esse combustível, o amor se torna muito mais intenso, ainda mais quando o sentimento é recíproco.
Temos algumas paixões, muito fáceis de ver: A paixão pelos nossos pais, não dá pra ver só como amor, é intenso. A paixão pela vida, que às vezes oscila, e nos tira a vontade por uns instantes, mas normalmente volta bem rápido. Não pensemos que a paixão, tem que ser no relaciomento "homem e mulher", ou todas as outras variáveis, é claro, tomando-se a opção sexual em conta.
Não queria escrever sobre alguma mulher, ou algum ser, ou até muitas coisas abstratas pelas quais eu sou apaixonado. Na verdade, o meu propósito era só mostrar que eu sou perdidamente apaixonado pela paixão!

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

O COMEÇO

Agora que já estamos antecedidos por um fim... Bom, tudo começou com uma vontade imensa que me deu, ao ver um amigo meu, começar a escrever coisas em um ‘blog’, e eu simplesmente, quis desafiar-me a ter um, e tentar escrever nele, só pra ‘exercitar’, e talvez, nem que seja por uma semana, fazer a minha idéia correr a internet. Agora eu sinto uma necessidade incrível de ter um ‘blog’, mas nada me impede de amanhã acabar tudo, e achar que foi uma tremenda tolice a minha (bem comum isso, inclusive), portanto, eu vou escrevendo sem a menor pretensão, só pra passar o tempo!

O FIM

“O fim? Como assim ‘O Fim’? Está apenas começando as postagens no blog, e já vem com essa história de fim!” Exatamente! Eu adoraria começar escrevendo, naturalmente, “O começo”, mas, se eu colocar um título, o qual todos colocam, em uma modalidade de site, que todos têm, que graça vai ter o meu? E além do mais, faz o maior sentido, ao menos na minha cabeça: todo começo é antecedido por um fim, seja ele qual for. E o meu, foi o de um pensamento, que para falar a verdade, não sei se é correto ou não, de que um ‘blog’, é uma tremenda idiotice, e que só serve pra encher a internet de bobagens, o que nem precisa, pois essa já esta farta!