Sem efeitos: o que eu tenho pra te oferecer muda sob o teu olhar

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Metáfora

Que diabos sai para o papel sem eu querer.
Vem a minha cabeça enganando o que é certo.
Vem aos meus lábios delatando o que é errado.

És curto e grosso, tirando o fôlego.
Paradoxal, talvez. Dialético, jamais.
De fácil escrita e difícil entendimento.

Assim eu trilhei meu caminho.
Ah, porém, por que eu saí andando assim?
Concupiscente. Certo dos incertos.

Mal sabia que chegaria um momento árduo.
Em que voltar não seria mais possível.
E que a felicidade e a loucura mesclar-se-iam.

Híbrido de cabeça e rude de músculos.
Achei que um lápis poderia ser uma mochila.
Poesias desconexas não são um bom avião.

Mas no fundo no fundo eu sei.
Que a algum lugar eu nunca hei de chegar.
Porque não consigo falar de mim.

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