Crescendo e destacando-se pelo bom senso e categoria, chamava a atenção de todos. Fazia da vida um palco. Seriedade? Pra que seriedade? Ao final de tudo isso quem vai julgar sua seriedade, sua loucura?
Não levava sobre a língua nenhuma frase, dessas montadas, embiscoitadas, enlatadas, que todos os seres apoéticos amam e repetem, o clichê da existência humana. Levava tudo no improviso, chocava.
Encaretaram-no. Os pais viram logo o dom do menino e junto da sociedade o engravataram, colocaram-no sentado em um escritório que tampava todo o sol destacado no azul do céu. Dali não se sentia a brisa do mar. Respirava um ar viciado. Embaratinou-se. Agora é louco. Calaram a potência de mais uma mente diferente. Mata-se todo dia a poesia. O importante é ser comum.
Loucos todos somos, certos só os que julgam primeiro.
Um comentário:
Depois diz que é ruim nisso. Ser tão ruim quanto você diz não é tão mau assim...
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