Sem efeitos: o que eu tenho pra te oferecer muda sob o teu olhar

domingo, 5 de julho de 2009

Sarney pra se coçar

Abri o jornal em um de meus bons momentos de cultura para ler em uma manchete em caixa alta: "Lula defende Sarney!" e nada mais veio à minha cabeça além da minha infância: lembrando dos tempos de "porradinha" com meu irmão caçula, fui ligando os fatos.
Como dois meninos, bastava que ficássemos sós em casa que começávamos a brincar, e claro, como todos sabem, nunca terminava bem. Acontece que sempre houve uma espécie de profissionalismo da nossa parte. Tudo começava com um "Duvido que você me bata!" e terminava com alguns hematomas, porém apesar de eu ter em mente o pensamento de cobrir ele de socos e pontapés, e ele provavelmente, a valentia de bater no irmão mais velho, bastava que o carro de nossos pais entrasse na rua e os cachorros começassem a latir que nós tínhamos o esquema todo armado: um ia tomar banho enquanto o outro abria o livro, ou ligava a televisão e deitava no quarto, como um complô.
Assim vejo nossos senhores. Um sabe das histórias mais tenebrosas do outro, e medem força com isso, e assim quando a mídia cerca um, o outro trata de defendê-lo, em um ping-pong de credibilidade.
A diferença é que apesar de meus pais saberem que eu e meu irmão brincávamos a tarde inteira e paravámos momentos antes de sua chegada, e do mesmo jeito a população saber de todas as falcatruas políticas, a maior cagada que poderia acontecer com as duas crianças era alguém abrir a cabeça, ou quebrar um ossinho, já no brincalhão congresso brasileiro, sabe Deus...

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