Sem efeitos: o que eu tenho pra te oferecer muda sob o teu olhar

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Sejamos realistas

“Acreditar” tem uma coisa meio fantasiosa, uma coisa mágica entranhada em suas sílabas, como se fosse uma outra dimensão.
A gente só acredita quando é impossível, quando fugiu das nossas mãos.
Todo mundo acredita! E como acredita.
“Eu acredito em um mundo melhor!”
“Eu acredito na cura pro câncer.”
“Eu acredito que ela vá voltar.”
“Eu acredito que esse ano eu paro de fumar.”
“Eu acredito.”
“Eu.”
E esquece de acreditar no simples. E vai deixando o sorriso, o amor, o envolvimento e tudo mais... cada vez mais impossível.
Quanto mais se fala, mais a palavra gruda na sua boca. E o termo “crédito” vai ganhando mais peso.
“Vamos acreditar!” – diz o poeta. E a multidão em polvorosa sequer pensa: “Em quê, meu Deus? Em quê?”. Do que adianta eu, pequenininho, só acreditar em um mundo melhor. Eu não acredito nem em mim.
Parou, galera. Parou, rapaziada. Parou, senhores. Chega! Vamos acreditar na gente, no que nós fazemos. É crédito para dentro mesmo. Uma puta economia.
É difícil acreditar no bom humor? Na maneira simples de mudar ‘um dia’ e não a eternidade? De responder com um sorriso quando a vontade era dar um soco nos córneos.
Não é impossível acreditar no amor. Agora! Acreditar na vida.
Céus, é difícil acreditar em si mesmo? Você conhece seus planos, sua vida, suas mazelas. Coloca logo combustível no que é medíocre e torna grandioso.
Aí todo ano você vai em palestras, lê livros, assiste filmes, escuta no sinal, ou como quer que seja, histórias de pessoas que conseguiram o sucesso. E faz sempre o certo: tenta copiar. Não!
Vamos fazer o seguinte. De plebeu para plebeu. Do estudante universitário para o mundo. Sem ensinamentos.
Dá! Todo mundo sabe que dá. Vamos acreditar no que está próximo de nós. E não esperar que alguém acredite em algo simplesmente revolucionário.
Acreditar...
Acreditar!
Acreditar nada tem a ver com esperar. Acredite se movendo.
E aqui vamos nós a um mundo de mais sorrisos, mais vontade, menos ego e menos babaquice.

Texto original enviado para o projeto "Em que você acredita?"

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