Sem efeitos: o que eu tenho pra te oferecer muda sob o teu olhar

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Doce. E de novo doce.

Eu precisava de mais
Eu precisava demais
Sorriso diminuto no fundo da lembrança
Sumindo. Indo. Rindo.

Sensação chata de mudança constante
De olhar pra trás sem me reconhecer
Olhar pra frente e nada poder esperar
Ah, esperar.

Ariano, aprenda e esperar
Cansou de esperar aprender
E de esperar
Esperar...

Ah, esperar
É questão de um segundo para você
E do eterno para mim
Do insensato para nós.

É um turbilhão sem vírgulas
Uma vontade que me acomete
E uma palavra que se mete
Sem sequer ser convidada.

Aí o que era certo dá errado
E o que deu errado começa até a parecer certo
Eu vou me lembrando daquele tempo
Da alegria na sua boca, da vontade.

E essa vontade de viver em par
Que coisa absurda! Céus!
Eu nasci sozinho, ó, Deus!
Me desvencilhei de tudo só.

E é esse tal de amor pra cá
Essa irritação pra lá
“Se até o ferro se gasta com o uso
Por que não o amor?”

Ah, porque não usam direito
E exacerbam as vontades
Confundem as verdades
Puritano sou eu. Amor é a dois. Dois!

Acorda, moleque! Me diz o anjinho
Corre e vai dizer a ela! Diz o diabinho
Eu não espero o momento e simplesmente vivo
Comemoro. Ah sim. 17 vezes. Mês a mês.

E aí aquele sorriso diminuto fica aumentado
Enquanto as vírgulas são reticentes
Falta espaço no abraço
E eu só não quero estar só.

E há quem pergunte o porquê
Que estúpido! Digo eu em tom jocoso
Apenas viva e não espere
Apenas ame e não se desespere.

Ah, se eu pudesse aprender comigo
Ah, se eu pudesse. Eu posso
E minha memória vai consumindo cada minuto
E os sonetos ficam cada vez mais longos.

É a vontade insaciável de te querer bem
E o desejo agudo de te pegar no colo
Pôr no bolso tudo o que há de bom em você
E te levar pro resto da minha vida.

E aí, você vem?

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