Sem efeitos: o que eu tenho pra te oferecer muda sob o teu olhar

terça-feira, 26 de março de 2013

Patriota


Pequeno, pensou Pedro. Pequeno poder, pensamento pobre. Pequeno, pensou prevendo panorama perverso. Parado, puto, parecia provar punhalada.
Pintam paredes. Povoam prisões, prédios públicos. Pudor? Para! Pindorama patético. Puteiro!
Pro povo, pingado pardo, pão puro. Presunto? Privilégio! Por perto, pedreiro padece. Pendura pinga. Poupança? Pouco! Prefere pistola. Pólvora para pagar papelada.
Pro político: pensão, piscina, pingentes, piranhas, pastas, presentes. Patê? Pode pôr. Privam pobres por pura politicagem. Porém, precisando, pensam. Poder público passa parecendo piedoso, procurando posição privilegiada.
Prazer podre. Praxe perversa.
País pífio, pare. Pare pelo povo. Pare por piedade.
Pare! Pensou Pedro, parado.
Pensou prostrado.
Parou.


Texto inspirado no Monólogo do Mundo Moderno, de Chico Anysio. 

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