Pequeno, pensou Pedro. Pequeno poder, pensamento pobre.
Pequeno, pensou prevendo panorama perverso. Parado, puto, parecia provar
punhalada.
Pintam paredes. Povoam prisões, prédios públicos. Pudor?
Para! Pindorama patético. Puteiro!
Pro povo, pingado pardo, pão puro. Presunto? Privilégio! Por
perto, pedreiro padece. Pendura pinga. Poupança? Pouco! Prefere pistola. Pólvora
para pagar papelada.
Pro político: pensão, piscina, pingentes, piranhas, pastas,
presentes. Patê? Pode pôr. Privam pobres por pura politicagem. Porém,
precisando, pensam. Poder público passa parecendo piedoso, procurando posição
privilegiada.
Prazer podre. Praxe perversa.
País pífio, pare. Pare pelo povo. Pare por piedade.
Pare! Pensou Pedro, parado.
Pensou prostrado.
Parou.
Texto inspirado no Monólogo do Mundo Moderno, de Chico Anysio.
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